sábado, 10 de novembro de 2007

Arranjador de Palavras

Para Flávia Absinto!


Não gosto que me chamem poeta.
Arranjador de palavras é o que sou!

Costumo lembrar da minha avó,
com seu novelo de lãs a tecer.
A caneta, cada ponto da agulhã
tecendo um poema... palavra

Antes disso, a fiandeira
vou buscando cada palavra
na minha confusa cachola...

Num quebra-cabeças de infinitos
escolho as melhores peças.
como minha avó fazia com seus pontos,
vou arrumando as palavras.
Dispondo uma perto da outra...
Arrajando.

Arranjador de palavras é o que sou...

Mário Coração dos Outros

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o poema, inda mais a dedicatória rsrsfiandeiro de palavras é dom de cura e inferno... a gente fia se ferra, porque não monta tecido, mas desespero de achar linha certa à palavra... jogo perigoso esse
Flavinha Absinto

Juliana Rabatone disse...

Paty.. foi vc quem escreveu esse??
Dura a escolha do melhor até agora.. Vc precisa postar mais os seus poemas..
Adorei...

Beijoss

Ana e o Vento Oeste disse...

É meu!
Mário