És a minha estatuazinha de argila
muda, amor, de pose cega no tempo.
És a minha estatuazinha de argila
e não te moves de mim nem de ti.
Desprende do teu engenho plástico
o limo que, eu ao amar-te tanto,
entrevia ao moldar-te em sombras.
És a minha estatuazinha de argila
ainda que áspera seja a superfície.
És a minha estatuazinha de argila
que cata o hoje e peneira o congelado
instante das coisas nossas atrás.
p. a. a.
muda, amor, de pose cega no tempo.
És a minha estatuazinha de argila
e não te moves de mim nem de ti.
Desprende do teu engenho plástico
o limo que, eu ao amar-te tanto,
entrevia ao moldar-te em sombras.
És a minha estatuazinha de argila
ainda que áspera seja a superfície.
És a minha estatuazinha de argila
que cata o hoje e peneira o congelado
instante das coisas nossas atrás.
p. a. a.
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